Apesar de cada vez mais os temas da diversidade, da igualdade e da inclusão serem comunicados nas mais diversas plataformas, o que sentes que falta para que esta temática seja efetivamente considerada?
Hoje em dia, é frequente encontrarmos as mais diversas informações, reportagens e artigos, entre outros, sobre diversidade e inclusão, quer seja nas plataformas digitais, quer seja nos meios de comunicação social tradicionais, sendo, no caso da deficiência, quase todas centradas em “feitos” conseguidos pelas pessoas com deficiência, como se de fenómenos extraordinários se tratassem, sendo elas próprias vistas, por isso, como algo de transcendente.
E se é muito importante divulgar as capacidades e conquistas dos indivíduos com algum tipo de deficiência ou incapacidade, é ainda mais importante não o fazer de forma capacitista.
É fundamental mostrar à sociedade pessoas com deficiência como pessoas reais, que vivem vidas reais, com conquistas e fracassos, com família, amigos e amores como toda a gente. Que lutam pelos seus sonhos e que, na maioria das vezes só precisam de ser respeitadas, principalmente como o que são: pessoas.
É imperativo que a sociedade vá abandonando o capacitismo e abrace a aceitação e integração efetiva da diversidade em todas as áreas da vida social e profissional de forma equitativa.
E, para que isso possa acontecer, a comunicação tem, certamente, um papel preponderante, dada a enorme influência que a forma como se comunica pode ter na mudança de mentalidades.